segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Breve carta a um cérebro (inimigo?)

Eu não devo nada a você. Você que deve a mim. Sabe o que? Explicações.
Sinceramente... não quero, não faço mais questão delas. Talvez eu já tenha entendido.
Mas o mais engraçado ou irritante de tudo é que quando o amor persiste, a idiotice insiste em persistir e fazer do ser humano um completo imbecíl.
É nessa hora que você entra em cena com seu talento, ou suposto talento e evita um monte de coisas.
Coisas essas que você sabe. Ah, se sabe!

Amigo, não sei se posso chama-lo assim.
Você é meu inimigo? "Não sou seu inimigo, mas também não sou amigo."
Foi essa a resposta. Que decepção.
Mas eu já devia ter aprendido a lição e agido com a sabedoria que você não me dá.
Por falar em dar, está na hora de você me dar uma trégua.
Tenho coisas a dizer e meu coração sempre o vence por ser mais forte.
Você é forte! Consegue vencer desse canalha!
Ganhe, para que e uma vez por todas, eu despeje o que me entala e desate o nó que eu mesma fiz na minha garganta.

Sabe por que? Porque meu amor não merece o meu amor.
Porque não merece nada e tem tudo de mim.
Ele nos vence fácil! Não pode...
Avise-os que a revanche está por vir.

Avise também que prefiro ele longe de mim.
E não deixe de dizer que eu não quero absolutamente nada vindo dele, porque ao contrário do que pensa, não é ele que é muito para mim, mas eu que sou muito para ele.

Atenciosamente,
Consciência.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Boa noite, Bela Adormecida

Deitei na sua cama
Envolta de desejo
Provei de teu gosto
Em cada beijo
Que me vinha acompanhado
Com suaves toques de amor
Embrulhou-me em seus braços
Fazendo o papel do lençol
Deitou-me em seu peito
Fazendo o papel do travesseiro
Sussurrou ao pé de meus ouvidos
Como pensamentos pré-adormecidos
No breu infinito de meu quarto
Abri meu peito em chamas
Fervilhando de paixão
Em primeiro estágio de sonolência
Adormeci rapidamente
Sonhei como criança
Te quis como mulher
Sonhei com esperança
Acordei com agonia
Fechei o livro que dizia
Que conto de fadas existia